Nada que se possa dizer
Da crueldade a luz do dia
O deserto cerebral aos olhos da miopia
Negras raízes herança da segregação
Negros anos e o terror instalado nos campos
O trabalho forçado, seres submetidos a escravidão
Negras são as raízes dos olhos a miopia
Liberdade, igualdade ainda que tardia
Das negras raízes os olhos se fecham sem consciência
Agoniza a terra afogada em ruídos e gemidos de dor
Décadas, anos após anos de agonia e lamentos
A miséria abrasadora tronco senzala os campos da escravidão
Estas profundas e negras raízes
Tão difícil de cicatrizar as marcas na alma permanecera
Nossas negras e segregadas raízes do passado no presente
Dos olhos marcados como que por miopia a nada vê
Negras raízes aos olhos, da miopia
Discriminação preconceito ao deserto que se ouvia
A um novo alvorecer, nova luz se fez brilhar
Somos antecedentes de um povo uma raça a se orgulhar...
Poeta do Sertão
20-11-2016
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