domingo, 20 de novembro de 2016

"NOSSAS NEGRAS RAÍZES AOS OLHOS, DA MIOPIA"




Nada que se possa dizer 
Da crueldade a luz do dia 
O deserto cerebral aos olhos da miopia 
Negras raízes herança da segregação 

Negros anos e o terror instalado nos campos
O trabalho forçado, seres submetidos a escravidão
Negras são as raízes dos olhos a miopia
Liberdade, igualdade ainda que tardia

Das negras raízes os olhos se fecham sem consciência
Agoniza a terra afogada em ruídos e gemidos de dor
Décadas, anos após anos de agonia e lamentos 
A miséria abrasadora tronco senzala os campos da escravidão   

Estas profundas e negras raízes
Tão difícil de cicatrizar as marcas na alma permanecera  
Nossas negras e segregadas raízes do passado no presente 
Dos olhos marcados como que por miopia a nada vê 

Negras raízes aos olhos, da miopia
Discriminação preconceito ao deserto que se ouvia
A um novo alvorecer, nova luz se fez brilhar
Somos antecedentes de um povo uma raça a se orgulhar...

 



                        Poeta do Sertão
                             20-11-2016

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